quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Comitê de Vigilância em Saúde da Pampulha discute ações de prevenção para Dengue e Febre Chikungunya



Considerando a ocorrência de casos de Dengue na região da Pampulha no período interepidêmico e a notificação de dois casos confirmados da Febre Chikungunya em Minas Gerais, o Comitê de Vigilância em Saúde da Pampulha reuniu-se, no dia 23/10, com as diversas gerências da Regional para discutir ações de prevenção a estas doenças na região. Compareceram representantes das gerências de Limpeza Urbana, Fiscalização, Manutenção, Atendimento ao Cidadão, Educação, Saúde, Social, Administração e Finanças, Recursos Humanos e Comunicação.

Referência Técnica da Gerência de Regulação, Epidemiologia e Informação da Pampulha (Gerepi-P), Shirley Lima Tronbin apresentou os dados epidemiológicos da Dengue, analisando a evolução da doença nos últimos anos. “Em 2013, tivemos nove mil casos confirmados de Dengue na Pampulha e, até outubro deste ano, já são 319 casos. A temperatura e a pluviosidade influenciam significativamente no aumento do número de criadouros e, consequentemente, da população de mosquitos adultos, o que implica em maior possibilidade de pessoas infectadas”, explicou.

A seguir, os participantes receberam informações sobre a Febre Chikungunya, doença infecciosa transmitida pelos vetores Aedes albopictus e Aedes aegypti, sendo este o mesmo que transmite a Dengue. A transmissão do vírus é feita pela picada da fêmea de mosquitos infectados e as infecções seguem os mesmos padrões sazonais. Por este motivo, as formas de prevenção são as mesmas para ambas as doenças.

Encarregado de Serviços de Zoonoses da Pampulha, Wender Pinheiro apresentou as ações de controle e monitoramento do vetor na região. Uma das estratégias utilizadas pela Gerência de Controle de Zoonoses é o monitoramento da densidade populacional do mosquito através das “ovitrampas”, armadilhas que fazem a coleta de ovos do mosquito transmissor da Dengue. Outra ação importante é a vistoria quinzenal dos locais favoráveis ao ciclo evolutivo do mosquito como em borracharias, ferros velhos, imóveis abandonados que possuem piscinas, entre outros.

Para a Referência Técnica da Gerepi-P, Cláudia Capistrano é importante o envolvimento de todos para evitar uma epidemia: “Por se tratar de uma nova doença no país, toda a população de Belo Horizonte é suscetível ao Chikungunya. Este é o momento de somar esforços e transformar informação em responsabilidade de ação”, disse.

Fique ligado!

A Febre Chikungunya e a Dengue são doenças infecciosas febris agudas, caracterizadas por manifestações clínicas semelhantes como mialgia, artralgia, cefaléia, prostração, exantema, náuseas, vômitos, entre outros.

A principal manifestação clínica que difere a Chikungunya da Dengue são as fortes dores articulares nas mãos, pulsos, pés e tornozelos. As articulações maiores como joelho, ombro e coluna também podem ser afetadas. As dores articulares podem persistir por meses ou anos. A Febre Chikungunya geralmente não é uma doença fatal. Antes restrita a países da África e Ásia, desde o final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe. O Ministério da Saúde já confirmou 338 casos no Brasil, sendo dois em Minas Gerais.

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