sexta-feira, 24 de abril de 2015

Servidoras da PBH participam de Curso em Educação Alimentar e Nutricional no Programa Bolsa Família


Motivadas por desenvolver um trabalho significativo na área de educação alimentar, três servidoras da Prefeitura de Belo Horizonte participaram do curso de Educação Alimentar e Nutricional no Programa Bolsa Família realizado no período de agosto/2014 a janeiro/2015.

Por meio de pesquisa na internet, as servidoras Elenice dos Santos (Assistente Administrativo da Gerência Regional de Assistência Social Pampulha), Mirani Maria de Miranda (Assistente Administrativo da Gerência Regional de Educação Nordeste) e Kelly Cristine de Souza (Enfermeira do Centro de Saúde Itamarati) souberam do curso e ficaram muito interessadas em participar: “Já havíamos participado de outros cursos nesta área, como o de Direitos Humanos e Alimentação Adequada. Esta foi uma oportunidade de ampliar conhecimento e desenvolver um trabalho mais prático”, explicaram.

O curso, disponibilizado na modalidade de Educação à Distância para vários municípios no país, envolveu as seguintes etapas: fundamentação teórica, pesquisa de campo e ações práticas de promoção da alimentação saudável. Uma das ações desenvolvidas foi a oficina de “Práticas de Alimentação Saudável: Resgatando os saberes alimentares tradicionais das famílias” que teve a colaboração de pessoas da comunidade do bairro Trevo e foi realizada com a participação de mulheres e crianças inseridas no Programa Bolsa Família moradoras naquele bairro.

A oficina foi desenvolvida em três momentos. Primeiro, as participantes, divididas em grupos, recordaram receitas culinárias praticadas por seus antepassados. Utilizando pincéis, gravuras de alimentos e papel grafite, cada grupo apresentou um cartaz com o resultado das discussões. A seguir, as coordenadoras fizeram reflexões sobre a diferença entre a alimentação consumida hoje em dia e a do tempo de seus avós, destacando as mudanças nos hábitos alimentares, os principais alimentos consumidos atualmente, entre outros. O terceiro momento da oficina foi a preparação coletiva de um cardápio bem variado: o Cansanção com suã e arroz, prato tradicional muito consumido em Minas Gerais, salada de hortaliças com frutas e suco natural como o de inhame com maracujá.

Para as servidoras a experiência foi muito positiva. “Nosso objetivo é contribuir para a promoção de escolhas alimentares adequadas, a fim de reduzir o consumo de alimentos industrializados e incentivar as pessoas a darem preferência a produtos mais naturais e de fácil acesso, que podem ser cultivados em seu próprio quintal”, disseram.

Incentivo à alimentação saudável 

A Educação Alimentar e Nutricional é uma das estratégias do Governo Federal para o enfrentamento de diversas situações que levam à má alimentação e à má nutrição. Suas ações visam, por meio de atividades educativas e de comunicação, possibilitar à sociedade adotar práticas de vida saudáveis, socializar o conhecimento sobre alimentação saudável, favorecer o consumo de alimentos produzidos localmente, incentivar a agricultura familiar e divulgar informações sobre alimentação adequada e saudável. O curso é oferecido na modalidade de Educação à Distância e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Fórum da Rede Complementar na Regional Pampulha discute a Redução do Absenteísmo em Consultas e Exames Especializados



A “Redução do Absenteísmo em Consultas e Exames Especializados” foi o tema do Fórum da Rede Complementar de Saúde realizado pela Gerência Regional de Saúde Pampulha no dia 27/03, no auditório da Regional (Av. Antônio Carlos, 7.596, São Luís). Participaram cerca de 50 profissionais da saúde, entre enfermeiros, médicos, marcadores do SISREG e gerentes de unidades de saúde.

A Rede Complementar e a Regulação Assistencial / Controle e Avaliação Ambulatorial buscam ordenar, orientar, definir e intermediar a demanda e o acesso dos usuários aos serviços de saúde a partir de suas necessidades, otimizando os recursos existentes e garantindo a qualidade da atenção com resolubilidade e satisfação do usuário. Gerente da Rede Complementar, Marina Oliveira Rocha Braz apresentou um relato atual da situação do tempo de espera por consultas e exames especializados, ressaltando que a redução do tempo de espera é uma meta do Governo e compõe os Projetos Sustentadores da PBH.

Segundo a gerente, o aproveitamento da oferta é fundamental para garantir o acesso da população, sendo importante identificar as causas do absenteísmo e trabalhar para sua efetiva redução: “Às vezes, o usuário falta porque não sabe da gravidade do seu caso. É preciso haver uma comunicação mais efetiva entre médico e paciente, usuário e equipe da unidade básica. O usuário precisa se responsabilizar também, mas não podemos apenas criar regras que penalizam. É preciso saber o que está acontecendo”, alertou.

Referências Técnicas da Regulação Assistencial / Controle e Avaliação Ambulatorial Pampulha, atuando na Gerência Regional de Regulação, Epidemiologia e Informação na Pampulha (Gerepi-P), Leonardo Ferreira e Soraya Dias apresentaram as Orientações para a Organização do Processo de Marcação de Consultas e Exames Especializados nas Unidades de Saúde, ressaltando as atribuições dos gerentes e da equipe de regulação local para o alcance das metas pactuadas de redução do absenteísmo por Unidade Básica.

A seguir, os presentes participaram de uma roda de conversa em que puderam apresentar críticas, sugestões, relatos de experiências exitosas, dificuldades e esclarecimentos sobre a questão do absenteísmo em suas unidades de trabalho. Gerente do Centro de Especialidades Médicas da Pampulha (CEM-P), Heloisa Muzzi falou sobre a necessidade de diminuir cada vez mais o número de faltas nas consultas e exames da atenção secundária: “Reduzir o absenteísmo é uma das metas da Secretaria de Saúde. Seria interessante investir nas comissões locais de saúde como parceiros do poder público no sentido de ajudar na responsabilização do usuário”, sugeriu. 

Para finalizar, as equipes das unidades básicas receberam um certificado em reconhecimento pela implementação das Comissões de Regulação no âmbito local. Gerente Regional de Saúde Pampulha, Cláudia Capistrano ressaltou a importância desta iniciativa: “As Comissões de Regulação vão acompanhar todo o processo pertinente ao agendamento das consultas especializadas. Neste sentido, acreditamos que a formalização e atuação destas comissões muito impactará na fila de espera, nas ações referentes às consultas especializadas e na redução do absenteísmo”, disse.

Pampulha realiza roda de conversa com os estagiários do Programa “Posso Ajudar? Amigos da Saúde”



Proporcionar um acolhimento humanizado aos usuários em sofrimento mental e seus familiares, usuários de álcool e outras drogas, adolescentes, população em situação de rua e público GLBT, e qualificar o atendimento e cuidado aos mesmos nas unidades de saúde localizadas na Pampulha. Com estes objetivos, a Regional Pampulha, por meio da Gerência de Distrito Sanitário da Pampulha (GERSA-P), realizou, no dia 18/03, uma roda de conversa com os estagiários do programa “Posso Ajudar? Amigos da Saúde” que trabalham nas unidades de saúde da região. O encontro aconteceu no auditório da Regional (Avenida Antônio Carlos, 7596, 2º andar, São Luís) e 34 pessoas estiveram presentes.

A capacitação foi coordenada pela Referência Técnica em Saúde Mental, Valéria Gualberto. Para promover um momento de interação entre os participantes, foi realizada a dinâmica da “Teia”, que permite que as pessoas se apresentem, falando um pouco de seu trabalho e expectativas, enquanto vão se ligando simbolicamente por meio de um cordão. A seguir, foram abordados assuntos relacionados ao trabalho dos estagiários como o acolhimento ao usuário em sofrimento mental, de moradores de rua e usuários de álcool e drogas; apresentação da Rede e Fluxos de Saúde Mental, Álcool e Drogas; a importância do Acolhimento, Escuta e Vínculo; entre outros. ”Precisamos ter claro que nós da Saúde, não estamos sozinhos no acolhimento do paciente, pois fazemos parte de uma rede. A eficácia do atendimento se dá a partir do vínculo com o usuário. Por isso é importante a forma como este paciente é acolhido”, disse.

Estagiária do “Posso Ajudar?” no Centro de Saúde Confisco, a estudante de Ciências Biológicas Luciana Soares atua há 10 meses no programa e achou importante participar: “Agregou valores porque ampliou meu conceito sobre afeto. Este tipo de capacitação vai melhorar nossa atuação pois aprendemos a direcionar o usuário de forma mais correta. Acredito que vou lidar melhor com os pacientes.”

Supervisora do Programa “Posso Ajudar? Amigos da Saúde” na Pampulha, Silvania Beatriz de Souza Gomes explicou que foi identificada a necessidade de uma capacitação a fim de qualificar os estagiários para o atendimento destes usuários. Para Silvania, a capacitação mostrou que não há uma forma única de acolhimento para todos os usuários, sendo necessária a escuta qualificada e humanizada para melhor atendê-los de acordo com a sua especificidade. “É preciso desmistificar o atendimento deste público. Esperamos que este encontro tenha proporcionado motivações para que tenhamos estagiários proativos, com abordagens sem preconceitos ou estigmas a todos os usuários que demandam as Unidades”, finalizou.

Programa “Posso Ajudar? Amigos da Saúde” 

Os estagiários do programa “Posso Ajudar? Amigos da Saúde”, lotados no Distrito Pampulha, são alunos de cursos de nível superior da área da saúde, vinculados à Fump (Fundação Mendes Pimentel), lotados em Unidades Básicas de Saúde e UPAs da Secretaria Municipal de Belo Horizonte. Possuem atribuições como orientar e informar o usuário sobre o funcionamento da unidade e o fluxo de atendimento do serviço rotineiramente; identificar o tipo de demanda do usuário, direcionar usuários com queixas clínica para avaliação de risco pelo enfermeiro, usuários sem queixa para atendimento pelo auxiliar/técnico de enfermagem da equipe ou, se demanda para setores específicos, encaminhá-los a esses; comunicar a equipe de enfermagem diante da eventual suspeita de casos que aparentam evidente piora ou gravidade antes ou após avaliação do enfermeiro; realizar atividades educativas na sala de espera explicando aos usuários os fluxos e funcionamento da unidade; realizar pesquisa de opinião com usuários.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Centro Cultural Pampulha revela talento de servidora municipal com a exposição “Traços e Traçados”




Composta por curvas e cores vibrantes, a exposição “Traços e Traçados” da artista plástica Simone Andere, ocupou o Centro Cultural Pampulha (Avenida Expedicionário Paulo de Souza, nº 185, Urca) no período de 02 a 31 de março. As peças da exposição são inspiradas pelas linhas rupestres e gráficas e na reutilização de objetos do cotidiano como calotas de carro inutilizadas, tampas de panelas e de latas de molho, potes plásticos, entre outros elementos.

Professora da Rede Municipal de Educação, Simone Andere tem uma preocupação especial com o meio ambiente e a grande quantidade de materiais descartados normalmente no lixo. “Sempre busquei uma forma de reutilizar objetos que não podem ser reciclados. Na reutilização de tampas, latas e plástico acabei percebendo a curiosidade das pessoas ao tentar identificar quais eram esses elementos escondidos por trás das cores”, contou.

Para a artista, o retorno das pessoas que visitaram a exposição tem sido muito gratificante. Ela acredita que, por meio da arte, é possível transformar ações comuns em atitudes positivas: “A arte permite a fluência dos sentimentos e a efetivação da iniciativa própria de tentar, independente do resultado. Espero que esta exposição seja provocadora da vontade e iniciativa das pessoas em reutilizar elementos cujo destino seria a sobrecarga dos lixões na cidade. Agradeço ao Centro Cultural Pampulha pela oportunidade de mostrar trabalho.”

Mensalmente, o Centro Cultural Pampulha abre espaço para a exposição de trabalhos de artistas com o objetivo de fomentar o interesse da população pela apreciação de obras de artes. Gerente do Centro Cultural Pampulha, Marcelo Derussi falou sobre o impacto que a exposição provocou nos visitantes: “O trabalho dessa artista, moradora da Pampulha, despertou grande interesse nas pessoas de diversas faixas etárias que visitam nosso espaço. Muitos se referiram às obras expostas como "pinturas de alegria", tamanha a vivacidade das peças. O fato de ser uma servidora pública municipal, atuante e militante também na causa de defesa dos animais, faz da Simone um ser diferenciadamente interessante.”

Um pouco da artista

Formada em Licenciatura e Artes Plásticas pela FUMA-MG em 1989 e professora de Artes concursada na PBH há 23 anos, Simone Andere é pura criatividade. Nas cores fortes e combinações audaciosas, acontece a junção entre a expressão das formas, grafismos e o mundo multicor das tintas, que imprimem nos objetos e telas a simplicidade das suas formas.


Para Simone, trabalhar com desenho geométrico e arte é um caminho para encantar as pessoas e contagiá-las com a vontade de expressar arte. Nas oficinas realizadas pela artista, o ponto alto é o conceito de que arte não precisa ser "cópia perfeita da realidade" e sim a expressão dos reflexos, movimentos e pensamentos de cada um em suas particularidades. “Meu trabalho consiste no convencimento de que a arte pulsa em todo ser humano, porém, cada um a expressa da sua forma”, explicou.



Esta é a 3ª exposição da artista, que, em duas ocasiões, já expôs suas peças no Galpão Benfeitoria, Variável 5 e, em abril, estará com a exposição “Traços e Traçados” no Centro Cultural Lindéia Regina. Para o futuro, Simone pensa em desenvolver outros projetos: “Iniciei recentemente um trabalho de arte com cartões de transporte inutilizados, que normalmente são quebrados e descartados, sobrecarregando nosso meio ambiente. Tenho também em mente um projeto voltado para idosos que vai trabalhar a arte na experimentação de todas as possibilidades de reutilização de objetos que normalmente são descartados”, disse.

Roda de conversa na Pampulha trata sobre imunização





Regional Pampulha, por meio da Gerência Atenção à Saúde Pampulha, promoveu, no dia 13/03, no auditório da Regional (Av. Antônio Carlos, 7.596, São Luís), uma roda de conversa sobre o tema Imunização/Atualização do calendário vacinal. Participaram 35 profissionais da saúde, entre médicos e enfermeiros que atuam nas unidades básicas de saúde da região. Esta ação é parte integrante do Plano de Educação Permanente da Regional Pampulha (PLANEP-P).

Pediatra e referência técnica em Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG), o Dr. José Geraldo Leite Ribeiro apresentou o calendário básico de vacinação definido pelo SUS que é aplicado desde o nascimento da criança até os quatro anos de idade, relatando os dados históricos, os benefícios e as contra indicações de cada uma das vacinas do calendário. “É importante que o indivíduo receba corretamente todas as vacinas para que possamos garantir a imunização contra as doenças e ter uma população mais saudável. Precisamos alcançar êxito nas diversas doenças que acometem a população como aconteceu com a Poliomielite, erradicada no Brasil desde 1988”, disse.

Vacinação para adolescentes, adultos, maiores de 60 anos e gestantes

De acordo com o calendário, adolescentes devem receber, além do calendário infantil, as vacinas de HPV, no caso de meninas, e o reforço da Dupla adulto (para difteria e tétano). Devido ao grande número de mulheres que morrem em decorrência do câncer de colo de útero, desde 2014, o Brasil intensificou as campanhas de vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 15 anos. Atualmente, há mais de 100 tipos identificados de HPV. A campanha de vacinação contra o HPV é motivada por causa da história natural da infecção pelo HPV ser de alto risco, já que quatro destes vírus favorecem um alto índice de câncer de colo de útero. “A vacina contra HPV não tem riscos, pois é feita com uma proteína do vírus. Sua eficácia é de 93 a 100% e veio para colaborar com o rastreamento da doença”, explicou o dr. José Geraldo. 

No mundo já foram aplicadas mais de 80 milhões de doses. A vacina escolhida pelo governo federal é a quadrivalente, usada na prevenção contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18), considerados os mais agressivos. É a primeira vez que a população brasileira terá acesso gratuito a uma vacina que protege contra câncer. Até 13 anos de idade, aplica-se 2 doses com intervalo de 6 meses. “A prioridade é sempre proteger as mulheres. Por isso estamos começando a vacinar as meninas cada vez mais cedo. A situação exige cuidados, pois quanto mais precoce a infecção, maior a possibilidade do câncer de colo de útero”, disse.

Dr. José Geraldo Leite Ribeiro explicou que é essencial os adultos também estarem com o cartão de vacinação em dia, uma vez que, com o passar dos anos, ocorre uma perda progressiva da capacidade de resposta imunológica do organismo. “Principalmente após os 60 anos o sistema imunológico se torna mais susceptível às complicações das doenças infecciosas, tornando a vacinação um valioso instrumento para preservação da saúde”, advertiu.

Para a enfermeira e coordenadora distrital de Imunização da Pampulha, Débora Coelho, a palestra esclareceu muitas dúvidas: “A palestra do Dr. José Geraldo foi fantástica, pois trouxe mais esclarecimento sobre as vacinas com as quais trabalhamos no dia a dia. O calendário vacinal agora contempla desde a criança até o idoso, num processo dinâmico, por isso precisamos sempre nos atualizar para que possamos ofertar com qualidade a proteção adequada à população.”