quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nascente inspira a criatividade de alunos da bacia da Pampulha

Onde seria possível um rio escrever uma carta? Talvez no mesmo lugar em que peixes enormes e coloridos invadem junto com a água um canto da cidade deixando beleza e nenhuma destruição. São exemplos do que pode povoar a imaginação das crianças de 36 escolas públicas e particulares da região da bacia da Pampulha que venceram a 7ª edição do Prêmio Águas da Pampulha e estão com os trabalhos expostos no Espaço Inspirarte, no segundo andar da Secretaria Regional da Pampulha.

O Concurso, lançado em 2004 pelo Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (PROPAM), nasceu do desejo de despertar a consciência ambiental em cada um dos participantes. A preservação das águas, o uso adequado de recursos naturais e o cuidado com a natureza de modo geral são alguns dos valores que a iniciativa tenta cultivar. Nesse sentido, o tema escolhido para 2010 foi “Nascente, o início de tudo”. A frase tornou-se o ponto de partida para que meninos e meninas deixassem papel, lápis, caneta e outros materiais a disposição da criatividade. Os 695 trabalhos - desenhos e redações - inscritos para o prêmio, entre os dias 1º e 30 de setembro de 2010, passaram por uma banca examinadora e os melhores ganharam destaque fazendo parte da exposição.


No meio da criatividade dos pequenos, também se misturam o talento de artistas plásticos como Oceano Cavalcante, Alisson Brito e Matheus Romualdo. Quem vai à exposição é recepcionado por uma gigantesca imagem de São Francisco de Assis, com direito a passarinho e cachorro de companhia, todo feito com garrafas pet, cabos de vassoura e papel de saco de cimento. E basta olhar para o lado para encontrar outras duas esculturas: Jabuti-Piranga e Guará-Piranga produzidas com sucatas de ferro.

As criações vencedoras foram classificadas em três categorias Desenho - Ensino Fundamental, Produção de texto - Ensino Fundamental II e Desenho - Ensino Médio. Os primeiros lugares receberam uma câmara fotográfica digital, os segundos colocados ganharam uma bicicleta cada um e os terceiros um MP4. Além disso, a escola do primeiro colocado geral foi premiada com um computador.

Quem quiser conferir as obras desses artistas tem até o dia 12 de janeiro de 2011 para visitar o Espaço Inspirarte na Secretaria Regional Pampulha, na Avenida Antônio Carlos, 7.596, bairro São Luiz. A exposição itinerante irá, em seguida, para o Parque Ecológico.

Trabalhadores recebem dicas de saúde na Pampulha

No intervalo para o almoço é, também, hora de cuidar da saúde. Para isso, além dos alimentos saudáveis, os funcionários de uma empresa de materiais elétricos na região da Pampulha ficaram atentos às dicas de fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticas. A atividade realizada, no último dia 17 de dezembro, pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família da Regional da Pampulha, em parceria com o Centro de Saúde São Francisco (CAC), atraiu o interesse de 60 dos 80 funcionários.

A ação foi destinada a uma empresa que tem em seu quadro de funcionários um grande número de homens. Grupo que geralmente aponta como motivo para não procurar os serviços de atenção primária o fato de o horário de funcionamento dos centros de saúde coincidir com o horário de trabalho. Por isso, a equipe da Regional Pampulha programou as atividades para a hora do almoço e no local de trabalho. Seis profissionais aplicaram questionários para identificar características como a frequência com que cada um procura pelos serviços de saúde, quando realizam exames de rotina, se fazem uso de medicamento, quais os hábitos alimentares e sobre a prática de atividade física. Entre os funcionários, 12 se declararam fumantes. Além disso, 56%, ou seja, 34 dos 60 participantes apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) superior ao considerado normal.
 
Também foram oferecidos serviços como medição de pressão, distribuição de materiais informativos sobre alimentação adequada, doenças crônicas como hipertensão e diabetes, tabagismo, dengue, entre outros assuntos. A intenção era promover uma abordagem direcionada de acordo com os hábitos de cada trabalhador. Eles puderam ainda sugerir temas que consideram de interesse e servirão para orientar o planejamento de outras ações. Os profissionais envolvidos também pretendem realizar outras atividades como esta para alcançar outros públicos em diferentes locais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Vozes da Pampulha ecoam na Câmara de Vereadores


O coral Vozes da Pampulha fez ecoar mais uma vez as vozes de seus coralistas. Desta vez, o local foi o restaurante da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Enquanto as pessoas degustavam seu almoço, puderam apreciar o repertório bem ensaiado da Cantata de Natal sob a batuta do maestro Édson Félix. No repertório, melodias como “Natal Branco Neve”, de Schunan, “Canto do Povo de um Lugar”, de Caetano Veloso e “Cio da Terra” de Milton Nascimento, dentre outras.
             

 As 33 vozes entrosadas na melodia representam a Regional Pampulha no contexto da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). O maestro Édson Félix, com 26 anos dedicados ao ensino de canto coral, espera ter até 60 componentes neste grupo e informa que não importa a idade. “O bastante é o interessado ter vontade de cantar. Não há seleção. O que há é boa vontade e o desejo da formação de um futuro coralista”, afirma. O desejo do maestro, que conta com o incentivo do secretário regional da Pampulha, Osmando Pereira, é que colegas servidores da PBH e até mesmo pessoas de regiões próximas venham cantar na Pampulha. Os ensaios são feitos nas quintas-feiras, a partir das 18 horas, no auditório da Regional.

Fiscalização apreende 33 carcaças de veículos na Pampulha


A ação realizada por uma equipe da Gerência de Fiscalização de Posturas e Atividades em Vias Urbanas, no último dia 22 de dezembro, resultou na apreensão de 33 carcaças de automóveis, além de peças variadas em diferentes estágios de desmanche.  Todo este material estava ocupando uma área pública localizada na rua Francisca dos Santos Anastasia, número 1003, no bairro Manacás, e foi recolhido com o apoio da Gerência de Manutenção da Pampulha (Germa-P). O destino foi o galpão localizado na Germa onde os itens apreendidos ficarão armazenados por 30 dias até serem doados. O proprietário das carcaças já havia sido notificado em julho deste ano pela ocupação indevida de espaço público para atividade comercial. Após prazo previsto no Código de Posturas para se adequar a legislação e, em razão de não haver atendido as exigências, ele recebeu multa no valor de R$1.000,00.      
            A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. O local será mantido sob vigilância a fim de evitar nova ocupação.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Show arrecada 50 mil quilos de alimentos na Pampulha

Diversão e solidariedade se juntaram durante show organizado pela parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Rádio Liberdade em comemoração ao aniversário de Belo Horizonte. A apresentação do cantor Eduardo Costa foi realizada no último dia 8 de dezembro no Mineirinho. Os fãs do artista se mobilizaram em busca dos ingressos para o evento, adquiridos na troca por 3Kg de alimentos não perecíveis. Mais de 50 mil quilos de arroz, feijão, macarrão, entre outros itens foram repassados pela rádio para a Secretaria Regional Pampulha. A distribuição ficou por conta da Associação Municipal de Assistência Social (AMAS) que fez a entrega a 15 entidades cadastradas e que atendem pessoas em áreas atingidas pela enchente. O início da distribuição das doações ocorreu no último dia 9 de dezembro sendo destinados 600 quilos de alimentos a Associação Beneficente Cristã de Cultura, esporte e Assistência Social (ABCC) do bairro Floramar e a Associação Evangelista Mãos Ungidas do bairro Pirajá.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cuidado com o verde na Pampulha é premiado em Concurso


Primeiro ela comprou uma mangueira. Depois, como não bastava apenas regar as plantas que já existiam, ela foi aos poucos trazendo uma mudinha daqui e outra dali. Foi assim que a professora aposentada da rede municipal de ensino, Lusmar de Oliveira Marques, deu vida à Praça da Vizinhança no Bairro Ouro Preto. A dedicação para deixar o bairro onde vive mais verde foi premiada, no último dia 21 de dezembro, durante cerimônia para homenagear os vencedores do Concurso Cidade Jardim 2010. Premiada na categoria Destaque Especial, Dona Lusmar está contente com o reconhecimento, mas garante que a satisfação veio antes mesmo da entrega da placa. “Eu gosto muito de cuidar das plantas pela beleza que elas proporcionam. Sem falar nos beija flores e borboletas que elas atraem para perto da gente”, diz.

Durante a avaliação das áreas participantes do concurso, que ocorreu entre os dias 6 e 20 de novembro, outras áreas localizadas na Pampulha também chamaram a atenção de ambientalistas, arquitetos, paisagistas e outros jurados que indicaram os vencedores.  Na categoria “Praça adotada com área entre 500 e 5.000 metros quadrados”, foi premiada a Praça São Francisco de Assis, localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima. Sob responsabilidade do Colégio Chromos desde outubro de 2009, o presidente da rede de ensino da qual pertence o colégio explica porque é importante adotar uma praça: “Eu acredito que é uma obrigação nossa cuidar da cidade e um compromisso com o meio ambiente”, afirma. 

O segredo para manter os Lírios amarelos e laranjas, além de outras flores como Cana da Índia, Azaléia e Clorofitos que encantaram a comissão e deram o prêmio à Praça São Francisco de Assis está nas mãos de seu Antônio Fernandes de Souza. Ele é o jardineiro responsável pela área e  não escondeu a satisfação em ver o trabalho valorizado. “Por ser uma área turística acaba exigindo um cuidado mais frequente. É  a primeira vez que participo do concurso e perceber que eles também dão importância para a figura do jardineiro é um estímulo para melhorar ainda mais o trabalho.”

Por falar em valorização, os 15 anos de dedicação da Usiminas no cuidado com a  Praça Pedro Melo também foram lembrados. A área recebeu homenagem como vencedora da categoria “Praça adotada com área maior que 5.000 metros quadrados.” Localizada próximo à entrada do campus Pampulha da UFMG, na Avenida Presidente Carlos Luz, ela oferece a cada um que caminha pelo local uma bela vista proporcionada pela combinação entre bromélias, pingo-de-ouro, singônios, Lírios e Liriopis. Espaços que foram indicados em várias edições do concurso disputaram a categoria “Hors Concours”; entre eles, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego e o Jardim Japonês, situado no interior do Jardim Zoológico, ambos mantidos pela Fundação Zoo Botânica de Belo Horizonte receberam premiação.
           
O Concurso Cidade Jardim foi lançado no ano 2000 em função do Dia Mundial do Meio Ambiente. O objetivo é premiar os jardins, parques, canteiros e demais áreas verdes mais bem cuidadas da cidade, além de destacar iniciativas de funcionários públicos e privados envolvidos na manutenção bem como empresas que adotam esses espaços.    
 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Regional Pampulha estreia coral e ilumina árvore de Natal

O canto e o encanto de 33 vozes, sendo as de 24 mulheres e as de nove homens. Homenagem à idade de Cristo quando de sua morte? Não. Homenagem a mais um aniversário do Menino Jesus que está para comemorar mais um tempo de Cristo: o Natal. O coral Vozes da Pampulha fez ecoar as vozes pelos corredores da Regional, na Cantata de Natal, no início da noite de 9 deste dezembro, sob a batuta do maestro Édson Félix, descoberto pelo secretário Osmando Pereira na apresentação do currículo com a indicação de 26 anos dedicados ao ensino de canto coral. 


A apresentação se deu no momento da iluminação da árvore dos sonhos, projetada e erguida pela Gerência de Promoção e Eventos Esportivos (Gerper-p), com Cláudio Augusto de Souza e sua equipe. O sonho se completou com a iluminação com lâmpadas minúsculas na árvore esbelta e o coral de canto suave. Na abertura a melodia “Natal Branco Neve”, de Schunan, seguida de “Papai Noel”, de autor desconhecido e de “Canto do Povo de um Lugar”, de Milton Nascimento, cantada por Caetano Veloso.

As 33 vozes entrosadas na melodia com menos de quatro meses de ensaios passam a representar a Regional Pampulha no contexto da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). O maestro Édson Félix espera contar com até 60 componentes no coral e informa que não importa a idade. O bastante é o interessado ter vontade de cantar. Não há seleção. O que há é boa vontade e o desejo da formação de um futuro coralista. O desejo do maestro, que conta com o incentivo do secretário regional, é que colegas servidores da PBH e até mesmo pessoas de regiões próximas venham cantar na Pampulha. Os ensaios são feitos nas quintas-feiras, a partir das 18 horas, no auditório da Regional.

Para o secretário regional Osmando Pereira, a primeira apresentação oficial do Coral Vozes da Pampulha é a realização de um sonho acalentado desde que assumiu o cargo. É o que manifestou antes da apresentação, enfatizando que tem esperança de que o grupo possa ceder as vozes a quem solicitar, dentro de uma pré-agenda, especialmente a órgãos da PBH. Otimista, chegou a se emocionar, desejando a todos sucesso na nova função. Por sua vez, o maestro Edson Félix fez questão de enaltecer os componentes do coral pelo desprendimento e colaboração, “condições importantes para o coralista.”

Em nome do coral, o maestro prestou homenagem com a medalha de honra ao mérito os funcionários que incentivaram a criação do Vozes da Pampulha. São eles: secretário Osmando Pereira; gerente de Políticas Sociais, Nádia Sueli; gerente de Administração e Finanças, Fátima Almeida; gerente de Eventos, Cláudio Augusto de Souza, assistentes administrativos Simone Ribeiro e Neylon José de Paula, gerência de Comunicação Adréia Flávia e João Gabriel. As duas próximas apresentações do Vozes da Pampulha estão programadas para o dia 19 próximo, às 19 horas, na Igreja de Santo Antônio, bairro Aeroporto, e dia 23, às 12h30, na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Regional Pampulha entrega doações às vítimas das chuvas

Produtos para higiene pessoal e de casa. Dez itens entre sabão em pó, sabonete, shampoo e pasta de dente. Esses materiais fazem parte dos 170 kits de higiene repassados pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) à Gerência de Plantão Social da Secretaria Regional Pampulha. Desde o último dia 3 de dezembro, sexta-feira, a doação já tem destino certo: as famílias moradoras da Vila Suzana, que tiveram as casas atingidas pela tempestade do dia 23 de novembro deste ano. Uma equipe do Plantão Social, juntamente com o líder comunitário, Homero Rodrigues, começou a fazer a distribuição de 30 kits para a população, na última sexta.
 
No mesmo dia, foram repassados kits ao padre Waldioney, da Paróquia Santíssima Trindade, que se tornou parceiro da equipe na entrega de doações. Ele que vinha recebendo doações em sua igreja encaminhará os produtos a outras pessoas que tiveram a casa invadida pela água. A expectativa é de que o restante do material seja entregue a todas as famílias cadastradas durante a inundação até a próxima quarta-feira, dia 8. Para atender as vítimas da chuva, a gerência se mobilizou no momento da enchente para distribuir 419 colchões, 419 cobertores, 170 refeições e 80 cestas básicas. No dia seguinte, ainda foram entregues 220 refeições e 90 cestas básicas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Parceria entre Regional Pampulha e UFMG no combate à dengue

No dia 2 de dezembro, a Gerência de Controle de Zoonoses da Regional Pampulha, em parceria com o Departamento de Gestão Ambiental* da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG), realizou um grande mutirão de combate e prevenção à dengue em toda a área daquela instituição de ensino. Dezenas de agentes da Prefeitura de Belo Horizonte participaram da ação, fazendo a limpeza das matas e colocando inseticida nos locais que acumulam água, como ocos de árvores e bueiros.

 A bióloga Cristina Marques Lisboa, uma das coordenadoras da atividade, conta que o mutirão é fruto de várias reuniões, que definiram ações de combate à dengue. “Além dos agentes e coordenadores, contamos com o apoio de pessoas da Varrição e Jardinagem, então são quase 200 pessoas envolvidas numa ação de um único dia”, conta Cristina. Segundo ela, a UFMG tem áreas com consideráveis focos da doença e, por isso, na volta às aulas haverá um novo mutirão, com outras atividades de conscientização.

Para Feliciano da Piedade Lúcio, que trabalha na UFMG como encarregado de instalações hidráulicas, a ação é imprescindível para não deixar que a epidemia volte. Além disso, ele aponta que os cuidados devem ser constantes: “As pessoas aqui não são preocupadas com a limpeza. As pessoas têm que ficar vigilantes, porque aqui é muito grande”, disse. O gerente de Zoonoses da Regional Pampulha, Cristiano Fernandes, conta que os cuidados são reforçados no período chuvoso: “No período de chuvas, as ações em algumas áreas são intensificadas e a UFMG é uma delas”, conta. O mutirão é realizado de duas á três vezes por ano e um agente permanece na instituição nos 12 meses.

Costumes africanos destacados na Pampulha

No dia 03 de dezembro, a Regional Pampulha foi agraciada com os batuques do grupo de Percussão Toque Afro, da Escola Municipal Professora Alice Nacif, comandados pela agente cultural Martinha. Dezenas de crianças, em posse de tambores e baquetas, tocaram e cantaram músicas africanas. Os trajes típicos completaram a apresentação cultural, que abriu a “Ação de Formação para a Igualdade Racial”. O evento foi realizado pela Gerência de Educação, por meio da gerente Romênia Ayla Morais e das professora acompanhantes do projeto pedagógico Marília Tavares e Rosane Pires. A atividade faz parte da programação do mês da Consciência Negra, que começou em novembro, com o objetivo de promover a conscientização nas relações étnico-raciais.

Funcionários da Educação, professores da rede municipal de ensino e representantes das Unidades Municipais de Educação Infantis (UMEIs) participaram da reunião, que teve como foco as Africanidades Literárias. A educadora e cantora Elzelina Dóris apresentou o projeto Cantando a História do Samba, que visa levar esse estilo musical às novas gerações, através de atividades educativas integradas às aulas. Dando prosseguimento à programação, houve contação de histórias realizada pela professora Maria Edite Rodrigues e exposição dialogada com as professoras Maria do Carmo Barbosa e Rosália Diogo, seguida de debate entre os participantes.

A Escola Municipal Santa Terezinha doou lanche: café com broa de fubá, representando os costumes afro, além do tradicional pão e queijo. Trabalhos artesanais das escolas, UMEIs e da creche Sementes do Amanhã estiveram expostos no espaço Inspirarte da Regional, mostrando a religiosidade, cultura e lazer do povo africano. Encerrando a programação da atividade, a UMEI Castelo fez apresentação de Samba do Castelo, com a Turma da Girafa Tem no Pé, além de oficina ministrada pela professora Rosane Pires.

Vila Santa Rosa é colorida por jovens

Uma casa vermelha. A pintura de cor viva é complementada pelo desenho de um peixe. Esse conjunto torna a entrada da casa de dona Nadege Aparecida do Nascimento um ponto de destaque para quem chega à Vila Santa Rosa. Há pouco, quem passava por lá encontrava uma parede rosa de tom bem claro. Outros seis vizinhos encontram uma fachada, verde, azul ou mesmo amarela quando voltam em casa. A invasão de cores na comunidade é resultado da oficina de pintura realizada por 16 participantes do programa Pró-Jovem Adolescente. Até o dia 8 de Dezembro, meninos e meninas com idade de 15 a 17 anos seguem deixando a vila onde vivem mais bonita e fortalecendo o relacionamento entre os vizinhos. Quem garante o aumento da proximidade entre eles é a dona de casa Nadege, moradora há 14 anos no local. O esforço dos meninos e a qualidade do trabalho foram reconhecidos com elogios e um lanche especial preparado por ela como agradecimento. “Eu adoro vermelho. O pessoal me procurou pedindo para eu escolher a cor e o desenho, mas eu disse que eles poderiam definir. O resultado foi maravilhoso”, comenta.

Os artistas foram orientados por Fabiano Valentino, também chamado de Pelé. O professor de pintura apresentou a cada um o universo de tintas, pincéis e texturas. Também colocou a moçada para exercitar a criatividade.“Alguns tinham um pouco de dificuldade para criar os desenhos. Como percebi que eles gostavam muito de figuras relacionadas a tatuagem, trouxe umas revistas sobre o assunto e elaboramos as ideias juntos”, conta. E a relação entre os desenhos e as tatuagens parece não estar apenas na escolha de figuras de peixes, flores e paisagens que decoram as casas. O trabalho deixa, também, marcas que permanecerão por muito tempo nos jovens pintores e na vila. A estudante de 16 anos, Taís Cristina de Souza, já imagina como dar sequência ao que foi aprendido quando terminar a oficina. “É bom aprender coisas novas e todo mundo na comunidade está achando legal. Eu gosto de desenhar e pretendo fazer outras coisas relacionadas a isso mais pra frente”, disse.

Quanto ao que ficará marcado na Vila Santa Rosa, basta chegar até lá para ver a alegria transmitida por cores vibrantes que preeenchem os muros, o entusiasmo de quem passa a viver em uma casa mais bonita e a satisfação daqueles que fizeram um trabalho elogiado. A analista de políticas públicas do CRAS Santa Rosa, Shirly Ferreira, conta que a ideia para fazer a oficina surgiu no primeiro semestre de 2010 e devido ao interesse dos participantes teve sequência. “Nas oficinas, buscamos um equilíbrio entre o desejo deles e os objetivos do programa. Os adolescentes pediram a continuidade da oficina o que é interessante porque mostra a vontade de intervir onde eles moram. Um desejo de mudança.”


Além da oficina de pintura, o programa Pró Jovem Adolescente oferece a meninos e meninas com idade entre 15 e 17 anos, beneficiados pelo programa Bolsa Família, oficinas de esportes, oportunidade para discussões sobre saúde e sexualidade, visitas orientadas a espaços da cidade e conversas a respeito de outros temas de interesse dos participantes. É um programa do Governo Federal executado pelos municípios por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Na Vila Santa Rosa, o trabalho é desenvolvido pela parceria entre a PBH, por meio do CRAS Santa Rosa, e o GEDCOM.