Mais de 500 pessoas, incluindo alunos e professores de escolas municipais, participaram nesta terça, dia 21, do abraço simbólico na Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha, evento que marcou o lançamento do projeto Educação Abraça a Pampulha. A inciativa da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Educação, da Fundação Municipal de Cultura e da Belotur, insere as escolas municipais na mobilização em favor da valorização da Pampulha e de seu Conjunto Moderno, que concorre ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Participaram do lançamento a secretária municipal de Educação, Sueli Baliza, e o secretário regional Pampulha, José Geraldo de Oliveira Prado, entre outras autoridades.
O projeto Educação Abraça a Pampulha tem como objetivo intensificar o interesse das escolas pelo estudo de temáticas urbanas voltadas para identificação, valorização e proteção de bens culturais. Diversas ações já foram realizadas nos últimos anos, como formação de professores, elaboração de material informativo para os estudantes e produção de poesias e fotografias sobre a Pampulha. “As ações de formação subsidiam os professores para que eles sejam multiplicadores da educação patrimonial. A possibilidade de visitar os espaços da cidade contribui para que os alunos se sintam pertencentes e responsáveis por esses locais”, disse Sueli Baliza.
O evento de abertura foi marcado pela apresentação cultural dos membros do projeto Cariúnas, da Sociedade Artística Mirim de Belo Horizonte, instituição conveniada com a Prefeitura voltada para o ensino de música. Além disso, alunos do programa Escola Integrada participaram de uma roda de capoeira. A aluna Juliana do Nascimento Novaes, de 13 anos, da Escola Municipal Dom Orione, ressaltou a importância do trabalho. “A Pampulha é um lugar especial de Belo Horizonte, e estamos descobrindo isso também”, comentou.
Mensalmente, a Pampulha recebe cerca de 4 mil estudantes da Rede Municipal de Educação, que circulam pela orla da lagoa e visitam diversas instituições culturais, ambientais e esportivas localizadas na região. “Os alunos já estão tendo um envolvimento histórico por meio de várias disciplinas escolares, conhecendo tudo o que a Pampulha pode oferecer. Com o projeto, isso se solidifica e se fortalece”, concluiu Sueli Baliza. Por meio do projeto, os estudantes irão adquirir mais conhecimentos que poderão ser usados durante a visitação. É uma oportunidade para estimular o estudo das características do Conjunto Moderno.
Patrimônio Cultural da Humanidade
A decisão da Unesco sobre a concessão do título à Pampulha será divulgada no próximo dia 15 de julho. O secretário regional Pampulha, José Geraldo Prado, está confiante na conquista. “Todos os indicativos que tivemos até agora foram positivos. Tudo que estava ao alcance da Prefeitura de Belo Horizonte já foi feito”, comentou.
O Conjunto Moderno da Pampulha é um marco autêntico da história da arquitetura mundial e da história brasileira. O projeto de Oscar Niemayer é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e completou 73 anos em maio de 2016. O conjunto inclui a Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha (antigo Cassino), a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube, além dos jardins do paisagista Burle Marx.
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