terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Pampulha comemora Dia da Consciência Negra




A Regional Pampulha, por meio do Centro de Apoio Comunitário (CAC) São Francisco e do Espaço BH Cidadania Santa Rosa, realizou, no dia 20/11, no salão de festas do CAC (à rua Aveiro, 191, São Francisco), o evento Chá de Consciência Negra, uma importante atividade para a sensibilização dos presentes, visando a promoção da igualdade racial. Compareceram mais de 200 pessoas, entre usuários do CRAS Santa Rosa e CAC São Francisco, convidados, e crianças atendidas pela creche comunitária Sementes do Amanhã.

A programação estava bem diversificada. O público interagiu com a contação de histórias para crianças pequenas realizada pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Providência Nossa Senhora da Conceição, com o contador de histórias Evandro Nunes. A arte educadora Tânia Tadeu fez apresentação de músicas da cultura africana, incentivando todos a dançar e cantar o coro das músicas. Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), sob a coordenação da professora Lurdinha, proporcionaram um momento literário com leitura dos poemas “Minha alma”, “XX de novembro” e “A cor da gente”, este último uma produção coletiva da turma. Apresentação de roda de capoeira e maculelê pelo Grupo Ojuram Capoeira. Desfile de penteados afro com as alunas do curso de cabeleireiros do CAC São Francisco.

O evento contou ainda com a roda de conversa conduzida pela psicóloga e militante do movimento negro, Ivanete Cordeiro. Mostra da Oficina de Horta em locais alternativos dos trabalhos confeccionados pelos diversos grupos realizados no CRAS Santa Rosa e CAC São Francisco. Para finalizar, todos se deliciaram com broa de milho, pipoca, biscoito de polvilho, chá e suco de erva-cidreira, autênticos representantes da culinária africana. Aluna do curso de cabeleireiro Adriana da Silva Asevedo participar de um evento como este foi muito prazeroso: “Foi sensacional. Pude entender melhor sobre o preconceito racial. Além disso, fazer as tranças para o desfile trouxe um resgate da cultura afro. Me senti elegante e bonita, valorizando assim a cultura negra”, disse.

Para Maria Célia Nogueira e Emília Mota, organizadoras do evento, o objetivo foi alcançado: “A discriminação racial ainda é uma realidade na nossa sociedade, portanto a realização de eventos como este nos equipamentos das Políticas Sociais reafirma o compromisso do poder público municipal em combater práticas preconceituosas e racistas, mostrando toda a riqueza e beleza da cultura afro-brasileira.”

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