A Secretaria Regional Pampulha, por meio do Grupo Gestor de Promoção da
Igualdade Racial, realizou uma Roda de Conversa sobre Consciência Negra
que teve a participação de servidores da Regional e o pessoal
terceirizado, entre eles, motoristas, estagiários das diversas gerências
e os prestadores de serviço de limpeza e cantina. Aproximadamente 40
pessoas estiveram presentes.
Formada em Psicologia Social e mestranda em “Religiões de matrizes
africanas”, Luanda Queiroga coordenou a atividade e iniciou a conversa
falando sobre a importância de Zumbi dos Palmares como símbolo de
resistência contra a escravidão e, que por isso, se tornou referência na
luta contra as diferenças impostas pelo racismo. A seguir, foram
discutidas questões da africaneidade no Brasil ou seja, a influência
africana na cultura brasileira. Os participantes puderam comentar sobre a
influência da cultura afro no nosso cotidiano, que é repleto de
africanismos como nas estampas das roupas, adereços, vocabulário,
culinária, ritmos, dentre outros.
Para Mônica Carola, servidora que trabalha na Gerência de Promoções de
Eventos Esportivos, de Recreação, de Lazer e Feiras Pampulha, a cultura
afro trouxe a diversidade brasileira: “Podemos ver que nossas cores são
uma mistura riquíssima, fruto dessa combinação tão diversificada”,
disse.
Outro momento importante do encontro foi a conversa sobre o racismo. Os participantes assistiram ao filme “Vista minha pele” que traz uma inversão da situação de racismo, mostrando uma menina branca que estuda em um colégio de negros. Após o filme, alguns funcionários relataram experiências pessoais em que se sentiram discriminados. Luanda lembrou que, para combater o racismo é fundamental a criação de políticas de ações afirmativas que contribuem para acabar com a desigualdade racial, como as cotas para inclusão da população negra nas escolas de curso superior, nos concursos públicos, etc. Para Luanda, estão havendo mudanças governamentais positivas, mas ainda há muito a avançar: “O processo de inclusão é válido porque dá condição de incluir quem sempre foi historicamente excluído. Ainda temos muito o que fazer, mas são as pequenas ações que fazem as grandes transformações”, finalizou.
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