quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Roda de Conversa na Pampulha discute sobre consciência negra

 A Secretaria Regional Pampulha, por meio do Grupo Gestor de Promoção da Igualdade Racial, realizou uma Roda de Conversa sobre Consciência Negra que teve a participação de servidores da Regional e o pessoal terceirizado, entre eles, motoristas, estagiários das diversas gerências e os prestadores de serviço de limpeza e cantina. Aproximadamente 40 pessoas estiveram presentes. 
 
Formada em Psicologia Social e mestranda em “Religiões de matrizes africanas”, Luanda Queiroga coordenou a atividade e iniciou a conversa falando sobre a importância de Zumbi dos Palmares como símbolo de resistência contra a escravidão e, que por isso, se tornou referência na luta contra as diferenças impostas pelo racismo. A seguir, foram discutidas questões da africaneidade no Brasil ou seja, a influência africana na cultura brasileira. Os participantes puderam comentar sobre a influência da cultura afro no nosso cotidiano, que é repleto de africanismos como nas estampas das roupas, adereços, vocabulário, culinária, ritmos, dentre outros. 
 
Para Mônica Carola, servidora que trabalha na Gerência de Promoções de Eventos Esportivos, de Recreação, de Lazer e Feiras Pampulha, a cultura afro trouxe a diversidade brasileira: “Podemos ver que nossas cores são uma mistura riquíssima, fruto dessa combinação tão diversificada”, disse.
 
Outro momento importante do encontro foi a conversa sobre o racismo. Os participantes assistiram ao filme “Vista minha pele” que traz uma inversão da situação de racismo, mostrando uma menina branca que estuda em um colégio de negros. Após o filme, alguns funcionários relataram experiências pessoais em que se sentiram discriminados. Luanda lembrou que, para combater o racismo é fundamental a criação de políticas de ações afirmativas que contribuem para acabar com a desigualdade racial, como as cotas para inclusão da população negra nas escolas de curso superior, nos concursos públicos, etc. Para Luanda, estão havendo mudanças governamentais positivas, mas ainda há muito a avançar: “O processo de inclusão é válido porque dá condição de incluir quem sempre foi historicamente excluído. Ainda temos muito o que fazer, mas são as pequenas ações que fazem as grandes transformações”, finalizou.

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