Com o objetivo de propor uma reflexão sobre a situação da mulher na sociedade atual e discutir seu verdadeiro papel, o Espaço BH Cidadania/ CRAS Confisco, à Rua K, nº 127, Confisco, promoveu, ao longo do mês de março, atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Nos dias 11 e 18/03, aproximadamente 30 usuárias participaram das oficinas de reflexão com o tema “Valorização da Mulher” conduzidas pelas educadoras sociais da equipe de Apoio ao Serviço de Proteção e Apoio Integral à Família (PAIF), Fátima Gomes e Albertina Mesquita. Por meio da técnica da contação de histórias, as participantes ouviram as histórias de duas mulheres que se destacaram por serem exemplos de cidadania: Maria das Graças Marçal, conhecida como Dona Geralda, uma das fundadoras da ASMARE de reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido em Belo Horizonte e a poetisa e contista Cora Coralina.
As participantes confeccionaram uma boneca em cartolina, simbolizando como uma mulher pode fazer a diferença na sociedade onde vive. Foram feitas reflexões sobre o papel que cada uma desempenha no âmbito familiar e comunitário, seus desejos e sonhos. Após a discussão, foi confeccionada uma mandala representando a relação de cada uma com o grupo de convivência do qual participam e o que o grupo representa para a comunidade onde se insere.
Já no dia 25/03, um público de mais de 50 pessoas se divertiu com a esquete teatral “O Nome Dela” apresentada pela Cia de Arte e Mobilização da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (SMAAS). A peça trata, de maneira poética, sobre os estereótipos da mulher, a ditadura da beleza e do corpo, as múltiplas jornadas de trabalho, entre outros, promovendo uma reflexão sobre os vários papeis que a mulher desempenha na sociedade atual. Frequentadora do Grupo de Convivência de Mulheres e da Academia da Cidade há quatro anos, Aliete Porfírio de Araújo, 58 anos, achou a peça ótima: “Foi interessante fazer uma reflexão sobre a nossa vida como mulher, a correria do dia a dia. É uma canseira só”, disse.
Psicóloga e técnica social do CRAS Confisco, Graciela Lima explicou a importância destas atividades: “As discussões do grupo contribuíram para uma percepção sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea. É importante promover a reflexão sobre a carga das mulheres na divisão das responsabilidades familiares e a violência contra mulheres. Este trabalho permite também identificar e fortalecer potencialidades individuais e coletivas que favorecerão o empoderamento dos participantes no que tange à questão do gênero feminino.”
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