Mostrar a história do povo negro, destacando a beleza da raça que ainda contribui significativamente para a grandeza da nação brasileira. Com este objetivo, a mostra “Império Negro” da artista plástica Maria Amélia Fonseca, esteve em exposição no Centro Cultural Pampulha (Ave. Expedicionário Paulo de Souza, nº 185, Urca), durante todo o mês de setembro.
Esta é a primeira vez que a artista expõe suas obras. A ideia da coleção surgiu por causa de um episódio de preconceito sofrido por sua filha. A mostra retrata os negros como imperadores, desconstruindo a ideia de que todos os reis e imperadores eram brancos. Acostumada a pintar quadros abstratos e de maneira aleatória, “Império Negro” é a primeira série de telas com um tema específico.
A exposição causou ótima impressão junto aos frequentadores do Centro Cultural Pampulha. Para Francisca Pereira, moradora do bairro, as telas são lindas: “Deveria ter uma cópia de cada quadro para que a gente pudesse levar pra casa o que mais gostou”, disse. Gerente do Centro Cultural Pampulha, Marcelo Derussi falou sobre a exclusividade da mostra: “É inédita, é bonita e colorida, que trata de um tema muito importante.”.
A artista
Moradora no bairro Itapoã, Maria Amélia Fonseca é formada em Design de Interiores em 1995 pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Na época do curso, teve a oportunidade de fazer aulas de pintura ministradas pelo artista plástico Fernando Vignoli, que foram determinantes para sua inspiração de trabalho e técnica. Para a artista, pintar tem um significado especial: “Acredito que minha aptidão precisa continuar sempre frutificada, buscando o aprimoramento da minha individualidade artística. Pintar é meu refúgio, meu amor e minha vida”, disse.