A Regional Pampulha realizou, por meio do Grupo Gestor de Promoção da Igualdade Racial (GGPIR), no dia 21, no Centro Cultural Pampulha (Avenida Expedicionário Paulo de Souza, nº 185, Urca), o Fórum de Promoção da Igualdade Racial com o tema: “Crespo ou enrolado: Construindo a identidade negra no Brasil”. Compareceram mais de 100 pessoas, entre estudantes das escolas municipais Alice Nacif e Aurélio Pires, funcionários e convidados.
A abertura do Fórum foi feita pelo gerente do Centro Cultural Pampulha, Marcelo Derussi, que parabenizou os estudantes, ressaltando a importância de refletir sobre a discriminação racial e as formas de combatê-la. Professor de capoeira, Mestre Renê fez apresentação da arte da Capoeira Angola, mostrando alguns toques tradicionais no berimbau. Utilizando a técnica da contação de histórias com personagens e costumes africanos, a professora, pesquisadora e escritora Madu Costa destacou que é preciso conhecer a história e a trajetória dos povos africanos como forma de valorizar a cultura afro: “O sentimento de pertencimento ajuda a superar as dificuldades diante do preconceito. Quanto mais conhecemos nossa história, mais ela será respeitada por nós e pelos outros”, disse.
O tema do encontro foi tratado pela professora da Educação Infantil e técnica da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (CPIR), Soraia Feliciana Mercês que apresentou os conceitos de identidade, beleza, feiura e aparência. “O enfeiamento do negro é consequência de um processo histórico e cultural de desvalorização destes povos.
Precisamos combater as práticas racistas e aceitar como válidos o conhecimento e a cultura do outro. Não podemos desqualificar ninguém por sua aparência.” A professora ressaltou também a importância do envolvimento de todos na luta contra a discriminação racial: “Estamos na Década Internacional dos Afrodescendentes que traz como lema: a justiça, a igualdade e o reconhecimento. Devemos aproveitar a oportunidade para refletir e avaliar as conquistas e realmente promover a igualdade racial no país”, finalizou.
Precisamos combater as práticas racistas e aceitar como válidos o conhecimento e a cultura do outro. Não podemos desqualificar ninguém por sua aparência.” A professora ressaltou também a importância do envolvimento de todos na luta contra a discriminação racial: “Estamos na Década Internacional dos Afrodescendentes que traz como lema: a justiça, a igualdade e o reconhecimento. Devemos aproveitar a oportunidade para refletir e avaliar as conquistas e realmente promover a igualdade racial no país”, finalizou.
De uma maneira simples como só as crianças sabem se expressar, a estudante Izabella Oliveira Silva, 10 anos, da E.E. Jornalista Jorge Paes Sardinha, mostrou que a palestra alcançou seu objetivo: “Foi legal. Entendi que a gente não pode julgar as pessoas pelo jeito que elas são.” Gerente Regional de Atenção à Saúde e integrante do GGPIR Pampulha, Vanessa Fileto acha importante provocar a discussão sobre esta temática em todos os espaços possíveis, principalmente com a juventude: “Falar sobre a identidade negra nos espaços sociais, é possibilitar a valorização desta cultura, a quebra de tabus, a discussão sobre o racismo e todas as questões complexas que envolvem o tema. Desvelar a apregoada expressão ‘igualdade de raças’ é, a meu ver, o que permitirá realmente constituirmos uma sociedade igualitária.”
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