Dar visibilidade ao fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes; sensibilizar novos atores para o seu enfrentamento na região da Pampulha; fomentar a participação na Comissão Operativa Local-Col Pampulha. Com estes objetivos, aproximadamente 115 pessoas estiveram reunidas no auditório da Secretaria Regional Pampulha, dia 25 de maio, para discutir sobre os diversos aspectos que envolvem a questão da violência sexual infantojuvenil.
O secretário regional Pampulha, Osmando Pereira, ao dar as boas vindas aos participantes, destacou a importância e a urgência de que toda a sociedade esteja atenta para este tipo de situação que vem se intensificando a cada dia. Lucimara Santana, representante da COL-PAIR Pampulha, reiterou: “Não adianta apenas implementar a política pública para o enfrentamento à violência sexual infantil; é preciso juntar esforços para se combater efetivamente estas práticas”, disse. Ressaltou ainda, a importância da participação coordenada de todas as políticas (saúde, educação , e políticas sociais) e os diversos segmentos da sociedade para a promoção de aços mais eficazes”
O público presente formado por representantes da rede local de proteção da criança e do adolescente, comunidade da região da Pampulha, além de representantes dos diversos setores da Prefeitura como saúde, educação, assistência social, conselho tutelar, dentre outros, assistiu atento à esquete teatral “A cor da impunidade” apresentada pelo grupo de teatro da AMAS, coordenado por Luciano de Oliveira, mestre em teatro. Para Luciano, que já soma 14 anos de experiência em teatro amador e profissional, tem sido um grande desafio trabalhar com temáticas tão complexas como essa: “Criamos as peças de acordo com as demandas que surgem; essa temática da violência sexual infantojuvenil mexe muito com o público”, afirma.
Os participantes ouviram sobre os aspectos histórico-culturais e psicossocias da violência sexual infantojuvenil apresentados, respectivamente, pelo professor Amadeu Roselli Cruz da UFMG e pela Dra. Danielle Starling, da Gerência de Estudo de Casos da AMAS. Após as contextualizações, a sra Robélia Ursine da AMAS atuando como mediadora do debate, destacou: “A intervenção tem de ser de forma articulada, pois sozinhos ninguém consegue avançar.”
O público participou ativamente da discussão apresentando questões, bem como depoimentos emocionados sobre sua prática no enfrentamento a esse tipo de violência. Os participantes avaliaram o seminário positivamente, expressando o desejo de se aprofundar na temática através de novas formações, como declarou Marcília de Jesus, Agente Comunitário de Saúde do Centro de Saúde Dom Orione: “Sugiro que se promovam mais eventos, com palestras riquíssimas como as que tivemos hoje”, disse.
O evento foi encerrado com a promessa da COL Pampulha de promover novos momentos de interação e aprendizado sobre o tema. Para a cidadã Ivani de Jesus Silva este foi um momento de aprendizado: “Aprendi muito com as palestras, agora sei que posso tentar ajudar no enfrentamento à violência infantojuvenil. Fiquei impressionada com o que ouvi hoje”, afirmou.
Outras ações na Pampulha
O Seminário marcou o encerramento das ações do “18 de maio – Dia Internacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, que promoveu atividades variadas como: pesquisa realizada na sede da Regional Pampulha; mobilização conjunta com a COL-Venda nova, na Av. Pedro I com sensibilização de motoristas e transeuntes e distribuição de material informativo da campanha; e sessões comentadas do filme “Preciosa” para usuários do Centro de Apoio Comunitário-CAC São Francisco e Centro de Referência da Assistência Social-CRAS Confisco.