Apelidos pejorativos e brincadeiras ofensivas, tanto as verbais como físicas, são práticas comuns dentro das escolas e podem até tomar proporções mais sérias. Atentos à importância de se promover um ambiente escolar saudável, onde prevaleça a boa convivência social, o Programa Saúde na Escola (PSE) promoveu, no dia 18/05, na Escola Municipal Francisca Alves (Av. Santa Terezinha, s/n, Santa Terezinha), uma oficina sobre o Bullying que teve a participação de 69 estudantes na faixa etária entre 11 e 13 anos.
A oficina foi ministrada pela psicóloga do Centro de Saúde Itamarati, Nágima Hamizs. Como atividade de introdução ao tema, foi aplicada a técnica do brainstorming em que os estudantes falaram de forma aleatória o que entendiam do tema. A seguir, a turma foi dividida em três grupos trabalhando a seleção e colagem de figuras que pudessem representar o Bullying. Depois cada grupo apresentou seu trabalho e, a partir daí, foi construído o conceito, as características e as consequências desta prática.
Segundo a psicóloga Nágima Hamizs, embora se fale muito em Bullying, a maioria dos adolescentes não entende bem o que é o fenômeno e, muitas vezes, nem sabem o que fazer quando são alvo ou mesmo expectadores desta prática. “No início da atividade, os estudantes mostraram ideias equivocadas sobre o tema. Ao trabalhar as questões relativas ao bullying, eles compreenderam melhor o fenômeno, além de conseguirem identificar as consequências que este ato pode provocar na vida de alguém, como a depressão, ansiedade e até distúrbios do sono”, disse. Para Nágima, o crescimento deste fenômeno se deve, muitas vezes, à influência da televisão, da internet ou até de determinados hábitos comuns nas famílias. “Por isso, vemos a importância de proporcionar um momento de discussão e reflexão dos estudantes sobre o assunto.”
Coordenadora do PSE na E.M. Francisca Alves, Helena Maria de Paula explicou que trabalhar este tema foi uma sugestão tanto dos profissionais da escola quanto de alguns estudantes. “Sabemos que um comportamento agressivo pode afetar a auto estima e a saúde emocional dos adolescentes. É importante conhecer o fenômeno e saber o que fazer quando isso acontece para que nossos estudantes tenham uma vida escolar e social mais saudável.”