quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pampulha promove seminário para discutir o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes


O fenômeno da violência sexual infanto-juvenil e suas complexidades é um tema que tem merecido a atenção do poder público a fim de se tentar construir intervenções mais efetivas. Objetivando sensibilizar os participantes acerca da complexidade que envolve o fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes e fomentar a adesão de novos atores para o seu enfrentamento na região da Pampulha, a Comissão Operativa Local do PAIR Pampulha (COL-P) realizou, no dia 22/05, o seminário temático “Violência Sexual Infanto-juvenil: Os espectros da perversão”. Aproximadamente 100 pessoas, entre comunidade local, estudantes universitários e representantes de conselhos, de associações e da rede local de proteção da criança e do adolescente, entre outros convidados compareceram ao auditório Sônia Viegas, localizado na Fafich/UFMG, à Avenida Antônio Carlos, 6.627, bairro São Luís.
 
 
Para sensibilizar o público presente sobre a temática, seis alunos da Escola Municipal Júlia Paraíso apresentaram a esquete teatral “A bailarina” que aborda de forma lúdica os sonhos, as brincadeiras de roda e a infância interrompida da criança após ser violentada sexualmente. O secretário da Regional Pampulha Humberto Pereira de Abreu Júnior ficou impactado com o talento dos estudantes na encenação da peça: “Parabenizo as crianças pela atuação e também a equipe da Regional que trabalha diretamente com a temática da violência sexual infanto-juvenil. Precisamos estar atentos ao que acontece com nossas crianças e adolescentes e fazer o que for preciso para evitar este tipo de situação”, disse. 
 
A professora doutora Cassandra Pereira França, coordenadora do Projeto CAVAS/UFMG (Projeto de Pesquisa e Extensão com Crianças e Adolescentes Vítimas de Abuso Sexual), relatou um caso de violência sexual ocorrido na Inglaterra, destacando que a criança abusada passa a ter uma erotização excessiva do corpo, o que pode ser um caminho fácil para a prostituição.
 
Para a estudante de Psicologia e estagiária do Programa Bolsa Família na Pampulha, Sara Carmona Figueiredo, o seminário trouxe um conteúdo denso e importante: “Este é um assunto complexo que nos remete a pensar sobre a temática e, como profissionais atuantes, ter um novo posicionamento perante as vítimas que sofrem violência sexual”, disse.



Instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes desde o ano de 2000, o dia 18 de maio é uma lembrança a toda a sociedade brasileira sobre a menina Araceli Cabrera Sanches que, em 1973, aos oito anos, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. A escolha da data mantém viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as crianças.


Nenhum comentário:

Postar um comentário