A Secretaria Regional Pampulha, por meio do Fórum da Criança e do Adolescente, realizou, no dia 21/05, no auditório da Regional, à Avenida Antônio Carlos, 7.596, 2º andar, são Luís, reunião para discutir sobre os modelos de tratamento para usuários de drogas. Compareceram mais de 40 pessoas, entre representantes do poder público, da sociedade civil e da rede de proteção à criança e ao adolescente.
Para iniciar a discussão, os participantes foram incentivados a refletir sobre como as crianças e adolescentes são afetadas pelas drogas, sendo citados exemplos de influência física, social, familiar, entre outros. A seguir, a psicóloga e residente em Saúde Mental pela PBH Luana dos Santos Reis relatou sua experiência no trabalho desenvolvido com usuários de drogas atendidos no Consultório de Rua, apresentando o perfil destes usuários e os encaminhamentos dados a cada caso. “Precisamos ter sensibilidade para escutar, acolher e conhecer o motivo do usuário estar naquela situação. O trabalho com a família é muito importante. Os resultados são lentos e graduais, mas o importante é que conseguimos modificar atitudes e resgatar valores”, disse.
Após, os presentes assistiram a apresentação da diretora de Saúde e Articulação da Rede Social na Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas em Minas Gerais, Lisley Braun e da diretora da Casa de Semiliberdade no Planalto, Leziane Parré, que trabalham com medidas socioeducativas para jovens que cometem atos infracionais, com trajetória de rua e vulnerabilidade social. Para Leziane, o trabalho é de sensibilização com o adolescente e sua família para que haja o desejo de se submeter ao tratamento e abandonar a dependência. “Nosso papel é mostrar que o adolescente pode ser valorizado em habilidades artísticas e esportivas, trocando a nomeação de usuário ou traficante para artista plástico, por exemplo.”
Na sequência, as psicólogas Gabriela e Joelma Pereira dos Reis do Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte em Minas Gerais (PPCAAM-MG) apresentaram um panorama do funcionamento do programa, esclarecendo que o público consiste nas pessoas ameaçadas pelo tráfico ou pelo uso de drogas. “O programa tem regras rígidas e aqueles que são incluídos nele precisam se submeter. Caso o adolescente não as cumpra, é desligado do programa”, explicou.
Para finalizar, os participantes fizeram vários questionamentos e esclareceram dúvidas a respeito de cada modelo apresentado, sendo todos convidados para o próximo Fórum da Criança e do adolescente na Pampulha que será realizado no dia 18 de junho. Mais informações pelo telefone 3277-7889.
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