Violência doméstica é o tema do filme “Te Doy Mis Ojos” (Icíar Bollaín, Espanha, 2003), exibido no dia 24/11, no auditório da Regional Pampulha (Av. Antônio Carlos, 7.596, São Luís), em uma sessão de cinema comentado com a presença de 30 servidores da regional. A atividade, integrante da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres 2015, foi coordenada pela Coordenadoria Municipal de Direitos da Mulher (COMDIM) da Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania em conjunto com a Gerência Regional de Políticas Sociais da Pampulha.
Coordenadora da COMDIM, Cláudia Monteiro Rocha explicou que a COMDIM está realizando uma série de capacitações com o objetivo de sensibilizar servidores e capacitá-los a identificar colegas que vivenciam situações de violência. “É importante saber como agir e até mesmo como fazer os encaminhamentos quando nos deparamos com alguém que sofre com a violência doméstica.”
Após a exibição do filme, o Psicólogo e Professor João Paulo Bernardes Gonçalves apresentou o conceito de ciclo da violência, e as causas mais comuns da violência doméstica contra as mulheres, dando destaque para a pauta de ação violenta e repetida dos homens. Resgatou alguns momentos importantes do filme, propondo reflexões acerca da violência doméstica retratada na película. “A violência contra as mulheres é uma das formas de expressão de uma sociedade machista, e o objetivo principal dos homens no ciclo da violência é, através de sucessivos abusos e violências, criar e manter o controle absoluto da mulher. É preciso quebrar tabus e concepções fortemente enraizadas para que as mulheres possam romper com esse ciclo e também com formas de dominação que as tornam dependentes, cerceadas e desumanamente maltratadas. No caso dos homens, estes precisam ser responsabilizados pela violência que cometem”, disse.
Analista de Políticas Públicas na Gerência Regional de Políticas Sociais da Pampulha, Maria Anália de Sousa reconhece a complexidade das diversas formas de violência vivenciadas pelas mulheres. “Muitos foram os avanços conquistados por meio das lutas das mulheres por seus direitos. Recentemente foi sancionada a Lei do Feminicídio que qualifica o assassinato de mulheres por questão de gênero. É um avanço, mas ainda há muito a se fazer. Os profissionais que atuam na área de Políticas Sociais devem estar atentos para o enfrentamento maciço à violência contra as mulheres.”
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