Tintas coloridas, embalagens vazias de latas, vidros ou plástico, velas e papel craft. Com esta variedade de materiais, participantes da oficina de “Marmorização por imersão” aprenderam a técnica para decorar objetos. A oficina aconteceu no Centro de Educação Ambiental/Propam da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizado em uma extensa área verde no bairro Castelo, em parceria com a Gerência de Educação Ambiental/ Sala Verde (GEEDA) e o Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha.
A artista plástica Nilza Cendon, funcionária da GEEDA/Sala Verde e uma das coordenadoras da oficina, explicou que o objetivo é aproveitar as embalagens vazias que teoricamente iriam para o lixo: “Com esta técnica, podemos trabalhar o tridimensional e criar lindas embalagens para presentes reutilizando materiais que temos em casa, ao invés de descartá-los. O papel craft marmorizado, por exemplo, se torna uma embalagem ecológica ótima para presentear.”
Durante a oficina, as doze participantes vindas de diversos segmentos da sociedade trocaram experiências. Márcia Aparecida dos Santos Silva, residente no bairro Alípio de Melo, trabalha com educação ambiental para crianças no Restaurante Paladino. Ela explicou que há algum tempo participa das atividades oferecidas no Propam e utiliza as técnicas para a criançada que frequenta o restaurante. “Enquanto os pais fazem suas refeições, as crianças se divertem, aprendendo a ter mais respeito pelo meio ambiente”, disse.
Com foco no cuidado com o meio ambiente, Isabel Correia de Sá, professora de artes do Centro de Educação Ambiental/Propam e que coordenou a oficina juntamente com Nilza, explicou como o trabalho deve ser finalizado: “Após a aplicação da técnica, a tinta se separa da água, formando uma espécie de nata do verniz que deve ser recolhida com o uso do cabo de um pincel ou por papel toalha; em seguida, pode-se descartar a água diretamente na rede de esgoto.”
Para Ceni Silva Alvarenga, da Gerência Regional de Manutenção Pampulha a técnica de marmorização foi novidade: ”Não conhecia este tipo de trabalho e achei muito válida. Aprendi coisas interessantes e, além disso, tem a questão da interação. Quero participar de outras oportunidades”, comentou.
Multiplicadores de ideias
Entre as participantes, o clima era de descontração e curiosidade. Todos queriam aprender e repassar o conhecimento adquirido. Beatriz Miranda, coordenadora da Escola Integrada Amilcar Martins achou interessante a técnica: “Esta é uma boa opção para ornamentos de Natal. Pretendo ser multiplicadora desta oficina nas atividades da Escola Integrada”, disse. Mesma ideia teve Marília de Araújo, monitora da Escola Integrada Marlene Rancante, no bairro Castelo: “Tenho aprendido muita coisa aqui no Propam e, a partir do dia 27/10 haverá exposição com os trabalhos em artesanato dos alunos de nossa escola.”
Rosângela Antônio Oliveira trouxe a colega Silvana Fátima, ambas funcionárias do Centro de Saúde Vale do Jatobá, no Barreiro,e ficou entusiasmada com as diversas possibilidades: “É a primeira vez que participo. Achei lindo, pois gosto muito de artesanato e vim conhecer o trabalho; meu objetivo é multiplicar esta oficina para os colegas do posto”, comentou animada.
Em novembro, o Centro de Educação Ambiental/Propam oferecerá oficinas de Natal com produção de peças decorativas reutilizando materiais.