As Feiras de Ciências podem ser entendidas como oportunidade para (re)construção do conhecimento, por meio da pesquisa, tanto de professores quanto de estudantes, uma vez que contribuem para a socialização e trocas de experiência de ensino-aprendizagem e conhecimentos diversos.
Com a proposta de refletir sobre a importância de orientar e construir projetos de pesquisa com os estudantes e estimulá-los a participar de eventos de divulgação científica, a Escola Municipal Dom Orione realizou, no dia 11/04, a oficina de Formação Pedagógica sobre Feira de Ciências que teve a participação de trabalhadores em Educação e de estudantes. O convidado para coordenar a formação foi o professor dr. Paulo Cézar Santos Ventura, Consultor com ênfase em Educação Tecnológica, graduado em Física pela UFMG, pós-graduado em Física pela Universidade de São Paulo e com Doutorado pela Universidade de Bourgogne.
O professor Paulo Ventura falou sobre a importância das Feiras de Ciências organizadas dentro e fora das escolas para motivar o aprendizado do aluno e divulgar temas científicos, atuais ou não, para a comunidade escolar. No processo de construção de um trabalho de pesquisa o professor ensina e aprende muito, pois realiza etapas muito importantes para produzir novos conhecimentos, como: definição de um tema de pesquisa que tenha relevância para comunidade escolar; definição da metodologia de pesquisa, ou seja, dos caminhos a serem percorridos durante a investigação; organização do trabalho; observação; investigação; adoção de critérios para a pesquisa utilizando a ética; experimentação e validação de resultados de cada fase da pesquisa. Tudo isso é feito com muito cuidado e dedicação para garantir total segurança e qualidade durante a elaboração da pesquisa. Por fim, é importante fazer uma boa apresentação e comunicar para a sociedade quais foram os resultados encontrados no processo de conclusão da pesquisa.
Para o professor de Geografia, José Álvaro Pereira da Silva, que atualmente está na coordenação pedagógica da escola e foi um dos organizadores da Formação, as feiras de ciências estimulam muito os alunos: “Só conseguimos aprender verdadeiramente quando colocamos em prática os conhecimentos adquiridos. Um trabalho de pesquisa amplia as situações de diálogo entre aluno e professor e possibilita diferentes situações de aprendizagem”, explicou.
O professor ressaltou ainda outros aspectos positivos da realização deste tipo de trabalho, tanto para os professores quanto para os alunos: “Produzir um trabalho para uma Feira de Ciências melhora muito a autoestima dos estudantes, pois elas se sentem encorajadas a produzir conhecimento e comunicar os resultados encontrados durante o trabalho. Outro aspecto importante é que, com a pesquisa, o professor sente mais confiança no seu trabalho, pois observa os alunos mais motivados e com mais interesse em participar do processo de produção do conhecimento.” Para finalizar, o professor sorteou entre os participantes o livro Mistérios de Marte de sua autoria.
“Quando os professores estimulam os estudantes a produzirem um trabalho pesquisa, todos aprendem juntos, pois o caminho da pesquisa sempre produz conhecimentos novos.” É o que pensa a Diretora da escola Maria de Fátima Claudio Anselmo. “É através da pesquisa que o professor coloca em prática sua principal função: a de orientador do processo de ensino-aprendizagem – e não a de detentor absoluto do saber”, disse.
Para o professor José Álvaro, a formação alcançou o objetivo: “A avaliação e o envolvimento dos participantes foram importantes! Pretendemos dar continuidade com essa temática de Formação na perspectiva de que os professores se sintam estimulados a construir projetos de pesquisa com os estudantes e os estimulem a participar das Feiras de Ciências.”
A próxima formação acontecerá no dia 09/05 com o relato de experiência da história do Professor de Física Giezi Reginaldo, coordenador de vários projetos premiados pela UFMG, entre eles o da bicicleta inteligente, elaborado por estudantes de Prudente de Morais.
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