Motivadas por desenvolver um trabalho significativo na área de educação alimentar, três servidoras da Prefeitura de Belo Horizonte participaram do curso de Educação Alimentar e Nutricional no Programa Bolsa Família realizado no período de agosto/2014 a janeiro/2015.
Por meio de pesquisa na internet, as servidoras Elenice dos Santos (Assistente Administrativo da Gerência Regional de Assistência Social Pampulha), Mirani Maria de Miranda (Assistente Administrativo da Gerência Regional de Educação Nordeste) e Kelly Cristine de Souza (Enfermeira do Centro de Saúde Itamarati) souberam do curso e ficaram muito interessadas em participar: “Já havíamos participado de outros cursos nesta área, como o de Direitos Humanos e Alimentação Adequada. Esta foi uma oportunidade de ampliar conhecimento e desenvolver um trabalho mais prático”, explicaram.
O curso, disponibilizado na modalidade de Educação à Distância para vários municípios no país, envolveu as seguintes etapas: fundamentação teórica, pesquisa de campo e ações práticas de promoção da alimentação saudável. Uma das ações desenvolvidas foi a oficina de “Práticas de Alimentação Saudável: Resgatando os saberes alimentares tradicionais das famílias” que teve a colaboração de pessoas da comunidade do bairro Trevo e foi realizada com a participação de mulheres e crianças inseridas no Programa Bolsa Família moradoras naquele bairro.
A oficina foi desenvolvida em três momentos. Primeiro, as participantes, divididas em grupos, recordaram receitas culinárias praticadas por seus antepassados. Utilizando pincéis, gravuras de alimentos e papel grafite, cada grupo apresentou um cartaz com o resultado das discussões. A seguir, as coordenadoras fizeram reflexões sobre a diferença entre a alimentação consumida hoje em dia e a do tempo de seus avós, destacando as mudanças nos hábitos alimentares, os principais alimentos consumidos atualmente, entre outros. O terceiro momento da oficina foi a preparação coletiva de um cardápio bem variado: o Cansanção com suã e arroz, prato tradicional muito consumido em Minas Gerais, salada de hortaliças com frutas e suco natural como o de inhame com maracujá.
Para as servidoras a experiência foi muito positiva. “Nosso objetivo é contribuir para a promoção de escolhas alimentares adequadas, a fim de reduzir o consumo de alimentos industrializados e incentivar as pessoas a darem preferência a produtos mais naturais e de fácil acesso, que podem ser cultivados em seu próprio quintal”, disseram.
Incentivo à alimentação saudável
A Educação Alimentar e Nutricional é uma das estratégias do Governo Federal para o enfrentamento de diversas situações que levam à má alimentação e à má nutrição. Suas ações visam, por meio de atividades educativas e de comunicação, possibilitar à sociedade adotar práticas de vida saudáveis, socializar o conhecimento sobre alimentação saudável, favorecer o consumo de alimentos produzidos localmente, incentivar a agricultura familiar e divulgar informações sobre alimentação adequada e saudável. O curso é oferecido na modalidade de Educação à Distância e coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.