terça-feira, 20 de março de 2012

Pampulha ConVida para as mulheres


Descontração e música animada marcaram mais uma edição do projeto Pampulha ConVida, especial em homenagem às mulheres pelo seu dia internacional. Flores, bombons e poesia contribuíram para o charme da festa, que contou com as vozes afinadas do Grupo TPM, formado por Ambrosina Caldas, Iara Ferreira e Bernadete Orsine, alunas da Escola de Música Celinha Braga, que também compareceu para abrilhantar a noite.

Oitenta e duas pessoas participaram do evento, entre convidados, funcionárias e gerentes da Secretaria Regional Pampulha, mostrando a importância de se prestigiar iniciativas assim. Para o Gerente Regional de Promoção e Eventos Esportivos, de Promoções, de Lazer e Feiras Pampulha, Cláudio Augusto de Souza, o projeto Pampulha ConVida está cumprindo com a ideia original de se levar música para as praças e outros locais da região. “É com muita satisfação que organizamos eventos deste caráter. Este foi especial porque foi pensado especificamente para as mulheres da Regional Pampulha, que participaram e se divertiram”, disse.

Glaydes Malheiro, funcionária da Gerência Regional de Recursos Humanos Pampulha, já participou de outras edições deste projeto e elogia: “Eventos desse nível valorizam a mulher. A festa foi muito bem organizada, o ambiente agradável e a decoração de bom gosto. Sem contar a música de qualidade que levantou o astral de todas nós”, disse.

Convidada para dar seu testemunho de vida, Ivaneide da Silva de Souza, presidente da Cooperativa de Materiais Recicláveis na Pampulha-COMARP, contou que trabalha com cooperativismo e possui, atualmente, dois galpões para recolhimento e revenda de materiais recicláveis. “Comecei como moradora de favela catando lixo; depois de muita luta, minha história mudou: hoje sou contratada pelo governo federal para dar palestras em todo o país. Quando temos um objetivo de vida, basta trabalhar e se dedicar muito que você chega lá”, afirmou. Para Maria Célia Nogueira, gerente do Centro de Apoio Comunitário São Francisco “A Neide é um exemplo de vida e tem uma história muito bacana de superação. A participação dela aqui se encaixou perfeitamente; o evento foi nota 10, muito organizado, ganhamos em qualidade.”

Ao final da festa, as mulheres receberam um carinho especial: a Gerente Regional de Políticas Sociais Pampulha, Nádia Sueli C. de Paula Alves, declamou o poema “Poderosas.com” de autoria de Maria Célia Nogueira que enaltece a figura feminina em sua trajetória de conquistas brincando com as palavras.




 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Moradores do Alípio de Melo querem salvar a Praça do Coreto


Moradores no entorno da Praça dos Compositores, mais conhecida por Praça do Coreto, uma das mais tradicionais no Bairro Alípio de Melo, convidaram o secretário Regional da Pampulha, Osmando Pereira da Silva, para uma visita ao local. Na presença do comandante da 18° Cia. Do 34º Batalhão, capitão Júlio César, reivindicaram um posto policial nas dependências que ficam sob o coreto, na esperança de conter os vandalismos ali praticados durante a noite, sendo a maioria deles por moradores de rua. Além do posto policial, os moradores desejam afugentar os pichadores e demais destruidores daquela praça. A limpeza da praça já foi feita pela Regional Noroeste, atendendo pedido do secretário da Pampulha.

Para a instalação do posto policial, os moradores, representados pela líder comunitária Arlete Antônia Pessoa Lima, colocaram à disposição da PM, através do capitão Júlio César, os equipamentos necessários, bem como o mobiliário. Entendem que com maior segurança, o próprio coreto não sofrerá tanto vandalismo. Por sua vez, o secretário Osmando Pereira sugeriu aos moradores a ocupação daquela praça através da arte, a exemplo de feiras livres, apresentações artísticas dentro da programação do Pampulha ConVida que vem obtendo sucesso em outros bairros da Pampulha.

Outra sugestão do secretário Osmando é a da possibilidade da realização de momentos religiosos naquela praça, a exemplo de missas e culto evangélico. Ele garantiu que buscaria recursos para melhorias nos passeios, meios-fios e gramado para recuperação do local. Na oportunidade, alguns moradores evocaram o dito pelo poeta Castro Alves de que ”a praça é do povo”, numa demonstração que entenderam que o melhor caminho para conservar o local é a sua utilização constante, até mesmo como meio de educar no sentido da preservação ambiental, considerando que a praça tem enormes arbustos.

O espaço da praça é um dos maiores entre todas as demais de toda a Regional Pampulha e comporta grande número de pessoas. Ele existe desde as primeiras construções habitacionais no Alípio de Melo, bairro que passou da Regional Noroeste para a Pampulha. Representantes do deputado estadual João Vitor Xavier estiveram presentes na reunião e anunciaram parte de uma verba de R$ 500 mil do governo do Estado para demais melhorias no bairro, especialmente para o programa de Academia a Céu Aberto.

Praça Paulo VI

Na mesma manhã em que esteve na Praça do Coreto, o secretário Osmando Pereira, acompanhado do secretário adjunto Farid Sales, esteve na Praça Paulo VI, também no Bairro Alípio de Melo, onde os feirantes reclamam do estado daquele espaço, bem como a presença de moradores de rua ocupando o local. As reivindicações para melhoria daquela praça foram feitas pela líder dos feirantes Valquíria Santana Abreu. Segundo Valquíria, a feira é tradicional nos finais de semana, mas passa pela dificuldade da falta de manutenção do local. Ela pediu maior segurança para a continuidade da feira que fica nas proximidades da sede da 18ª Cia. da PM.

Outra visita do secretário Osmando se deu ao CAC Serrano que fica em uma área onde os moradores têm uma série de oportunidade da prática de exercícios físicos e recreativos. O prédio local necessita de reparos no telhado para melhor servir aos moradores através das programações da Academia da Cidade. O secretário Osmando prometeu verificar as possibilidades de atendimento.

Roda de Conversa emociona participantes na Pampulha




Funcionários da Secretaria Regional Pampulha, juntamente com alguns usuários da Saúde Mental, seus familiares e funcionários do Centro de Convivência Pampulha (CCP) se reuniram na tarde de quinta-feira, dia 08, para uma roda de conversa. Em torno de 30 participantes puderam aprender um pouco sobre as atividades oferecidas naquele serviço e se emocionar com as histórias ouvidas.

A conversa teve início com Victor Martins, trabalhador e militante na luta antimanicomial, que parabenizou as mulheres pela trajetória de lutas e conquistas através de movimentos para marcar seu espaço na sociedade. “Assim como esse dia 8 de março, nós também temos o dia 18 de maio como marco da luta antimanicomial que é uma luta contra a discriminação e o preconceito”, disse. Para Victor, que frequentou o Centro de Convivência por quatro anos, participando de várias oficinas e outras atividades, a diferença não é motivo de distância ou exclusão. Atualmente ele se posiciona como um colaborador da rede de saúde mental, mantendo os vínculos que estabeleceu nesse espaço: “Eu estou praticamente fora, mas continuo intimamente amarrado a essa rede. Particularmente espero que esta luta tenha vida longa, mas também que ela acabe logo, porque é importante conviver e respeitar”, afirmou. Finalizou sua participação declamando o poema “À espera de um milagre” de sua autoria.

A gerente do Centro de Convivência Pampulha, Wilma dos Santos Ribeiro, explicou que a política do município de Belo Horizonte para os portadores de sofrimento mental é antimanicomial, promovendo o tratamento em liberdade. “Na rede de saúde mental do município, o Centro de Convivência trabalha para a inserção social dos usuários, e tem a arte como recurso importante na interlocução com a sociedade. É importante não excluir, aceitando as diferenças e convivendo com elas”, pontuou.

Histórias e emoção

Ansiedade e muitas preocupações era a situação vivida pela família de D. Nilza, mãe de uma das usuárias do Centro de Convivência Pampulha, quando a filha manifestou os primeiros sintomas de sofrimento mental. “Nós não entendíamos o que estava acontecendo e a situação da Neide adoecia toda a família. Queríamos uma solução para o problema dela sem que isso significasse calmantes e manicômio; então, em 1995, ela foi encaminhada para o Centro de Convivência e a situação foi mudando aos poucos para nossa alegria”, disse. D. Nilza explicou que a convivência com a arte e a música abriu os horizontes para sua filha, que voltou ao convívio social e quer retomar os estudos. “Todos agora falam que a Neide é uma artista. Antes ela era excluída, mas hoje participa normalmente de festas, pega ônibus como uma pessoa normal. Agradeço a todos que colaboraram. Estamos seguindo em frente. Valeu a pena,” contou emocionada.

Ao participar das atividades do CCP, Neide aprendeu a se conhecer melhor e a estabelecer seus próprios limites: “Encontrei aqui pessoas que me ajudaram muito. Os professores são ótimos, me incentivaram a estudar. Até já me esqueci do tratamento no Galba Veloso; hoje vem na minha cabeça só coisas boas e coloridas”, disse.

Normalmente o portador de sofrimento mental traz consigo uma carga de preconceito como consequência da exclusão social em que vive. Para amenizar esta situação, é necessário um trabalho intenso que começa com a aceitação de si mesmo até que se alcance uma nova forma de si ver. É esta a opinião de Paulo dos Reis Braga, usuário, monitor de marcenaria artesanal no CCP e presidente da Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais – ASUSSAM-MG. “O trabalho do Centro de Convivência possibilita a nós, usuários, ser e estar, nos ver com outros olhos, como cidadãos capazes de conviver socialmente”, afirmou.

Para Ana Maria, que apresentava quadro de depressão profunda e já não conseguia viver sua normalmente, o CCP lhe proporcionou a descoberta de um grande talento: “Foi aqui que nasceu o dom para os trabalhos manuais: descobri que sou uma artista e tenho me destacado em mosaico, desenho, pintura e tapeçaria. Hoje eu sou uma outra mulher; voltei a estudar, quero fazer o 2º grau e cursar uma faculdade como o Victor, que faz Física na UFMG. O sonho renasceu dentro de mim. Encontrei aqui uma família, tenho vários irmãos. O Centro de Convivência é tudo de bom”, declarou.

Convidado a participar da roda de conversa, César Vinícius, representante da Gerência Regional de Políticas Sociais Pampulha e membro da Comissão de Promoção da Igualdade Racial na Pampulha, disse que se surpreendeu com a conversa: “Quando me sentei aqui pra participar, achei que seria chato, mas me surpreendi com o que ouvi, abriu-se para mim uma nova perspectiva que me fez refletir na questão das diferenças”, declarou.

A seguir, foi exibido o filme “Centro de Convivência Pampulha: um lugar de contato com a cultura e a vida cotidiana” que mostrou algumas das atividades realizadas lá como oficinas e passeios, além de depoimentos de alguns usuários. Finalizando a roda de conversa, os participantes degustaram um saboroso coffee-break, comprovando que o CCP é realmente um lugar de se fazer arte, amigos e construir pontes para se relacionar consigo mesmo e com o mundo.

Mais 1000 árvores embelezam a Pampulha

A Pampulha está se transformando a cada dia. Moradores da região e visitantes já podem ver algo de novo na paisagem. Nada menos que 1.000 mudas de árvores foram plantadas nas avenidas Professor Clóvis Salgado e Presidente Tancredo Neves, assim como na área verde do bairro Trevo. A iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte, através da Regional Pampulha, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Fundação Zoobotânica aumentou a área verde da cidade.

O plantio de outras 1.000 mudas, em fevereiro, finalizou a primeira etapa do projeto na região da Pampulha. Na sequência, a segunda e terceira etapas compreenderão plantios nos períodos chuvosos entre 2012-2013 e 2013-2014. As principais espécies plantadas são do tipo ipês branco, roxo e amarelo, coqueiro licuri, coração-de-negro e quaresmeira.

Nos próximos dois anos, serão plantadas 54 mil novas mudas de árvores em toda a cidade, principalmente durante os períodos chuvosos. A escolha das árvores e do seu local de plantio foi feita por técnicos da Prefeitura de Belo Horizonte, com base na situação de cada rua e nas características de cada árvore. Foram selecionadas mudas mais robustas e resistentes, com alturas que variam de 1,5 a 2,5 m, que têm mais chances de sobreviver no ambiente urbano.


Muitas são as vantagens para se conservar um ambiente arborizado, dentre elas: a beleza da paisagem, redução dos efeitos da poluição, melhoria da qualidade do ar e diminuição do impacto das chuvas, pois absorvem grande quantidade da água, reduzindo o risco de enchentes.

A Prefeitura de Belo Horizonte está fazendo de tudo para que a cidade fique cada vez mais bonita e agradável para se viver. Por isso, é muito importante que todo cidadão contribua, ajudando a cuidar e preservar cada uma das mudas plantadas, até que se tornem árvores adultas. Todas juntas vão provocar um efeito de mudança na paisagem da cidade, reforçando ainda mais a fama da capital mineira, conhecida como “cidade-jardim”.