Foto Carlos Avelin |
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) fecharam acordo, na tarde desta quinta-feira, dia 9, que definiu os detalhes finais do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que vai orientar o manejo das capivaras na orla da Lagoa da Pampulha.
A promotora do MPMG, Lilian Marotta, e o secretário de Meio Ambiente, Mário Werneck, selaram o acordo que permitirá a assinatura do TAC na próxima segunda-feira, dia 13.
“Devemos ter muita responsabilidade ao assinar esse TAC, pois nossas decisões ambientais têm influência enorme sobre os moradores. O TAC, de forma inédita no Brasil, celebra um compromisso entre a Prefeitura de uma grande cidade como Belo Horizonte e o Ministério Público Estadual para a resolução de um problema ambiental, e trará benefícios a toda a população”, disse a promotora.
De acordo com o secretário Mário Werneck, o manejo e o controle populacional de aproximadamente 85 capivaras que habitam a Pampulha devem começar logo após a assinatura do TAC. “Em parceria com a Secretaria de Saúde e a Fundação Zoo-Botânica de BH, a Secretaria de Meio Ambiente deve realizar, num prazo de 180 dias, o manejo das capivaras, a esterilização dos animais em uma área de 4 mil metros quadrados no Parque Ecológico da Pampulha, o combate ao carrapato-estrela nesses indivíduos e a reintrodução dos animais na lagoa. É importante frisar que o manejo e a esterilização das capivaras não acontecerão sem que, concomitantemente, seja feito o combate ao carrapato”, afirmou Mário Werneck.
Todo o procedimento de captura, esterilização e reintrodução das capivaras está orçado em R$ 500 mil, recursos já garantidos por meio de um acordo de compensação ambiental firmado entre a Prefeitura e uma empresa privada. Mário Werneck também explicou que o combate ao carrapato nas capivaras será feito com recursos da Secretaria de Saúde.
Também participaram da reunião desta quinta-feira, na sede do MPMG, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA), da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).